Embora a família seja considerada a
instituição social que mais persiste no tempo, ela também sofreu alterações,
mesmo que de forma lenta. Isso pode ser notado na união homoafetiva, que vem
sido muito debatida nos meios jurídicos e sociais.
Em 2011, o Supremo Tribunal Federal
reconheceu a união estável para casais de mesmo sexo. Mas, ao mesmo tempo, há
vários valores religiosos contrários aos “novos” arranjos familiares, que
tendem a tornar lenta a sua mudança. E ao mesmo tempo, geram também a
homofobia, que tem incitado várias manifestações a favor dos homossexuais.
Segundo o sociólogo Émile Durkheim, a
sociedade é um organismo dotado de dinâmica própria, que ultrapassa em muito as
disposições individuais. E, portanto, seriam normais as vontades ou opiniões da
sociedade colidir e muitas vezes serem totalmente contrárias. O ministro Ayres
Britto argumentou que o artigo 3° da Constituição veda qualquer discriminação
em virtude de sexo, raça, cor e que, nesse sentido, ninguém pode ser diminuído
ou discriminado em função de sua preferência sexual.
É necessário refletir sobre as novas
configurações que a família brasileira tem moldado como a união homoafetiva. E
acima de tudo combater o preconceito social, assim como sensibilizar a
população na construção de uma sociedade plural e sem discriminação.
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